quinta-feira, 2 de junho de 2011

MONTALEGRE - PONTOS DE PARTIDA

Participar neste projeto do Eco-Museu do Barroso (EMB) deve ser o sonho de qualquer antropólogo. Bom, pelo menos daqueles que depois do doutoramento não se limitam a incursões pontuais ao terreno (se é que as fazem). Adiante.
Ontem, definimos as temáticas prioritárias do projeto.  Hoje, no EMB, fui em busca de objetos que, simbolicamente, me permitissem ter pontos de partida para a exploração dessas temáticas.  Já ontem a Carina, uma das estagiárias do EMB, me tinha feito uma visita guiada. Hoje, estive por minha conta. Fotografei o que não tinha tido oportunidade de registar com a câmara e permiti-me exercícios mentais que originaram epifanias interessantes.
Gosto de partir de uma imagem concreta para definir dimensões, linhas teóricas, instrumentos de recolha de dados e outputs.
Não serão apenas relatórios. Haverá também registos fotográficos e registos audiovisuais. E que desafio!


A imagem de cima mostra um detalhe do saco das amêndoas que eram oferecidas aos convidados dos casamentos. E o casamento é, precisamente, um dos temas a explorar. Já no decurso da minha pesquisa de terreno para o doutoramento, tinha explorado a comensalidade associada às celebrações matrimoniais. Agora, muitas outras dimensões serão contempladas.


Também a fiação da lã e os trabalhos em lã constituirão outro dos temas do projeto. Há já registos audiovisuais da tosquia e da lavagem da lã. Agora, há que contemplar as restantes fases do processo. E aprender mão na lã, essas técnicas. E fazer das pessoas, e não somente das técnicas, os protagonistas da pesquisa. A imagem de cima mostra um pormenor de um sarilho e, em segundo plano, tufos de lã das ovelhas daqui.


Há muitos outros temas que irão ser abordados. Alguns deles estão diretamente relacionados com o ciclo agrícola. Na imagem de cima podem ver-se algumas matérias (entre as quais, diversas sementes) que integram a museografia do EMB.

2 comentários:

  1. E que projecto esse!
    As imagens são lindas.
    E sim, acho que qualquer antropólogo deveria regressar ao terreno repetida e continuamente|
    beijinhos

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  2. Anda, peguem nos tarecos e venham cá cima :) Bj

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Sou uma antropóloga que só pensa em comida...
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