Isto não é um bolo... É o céu! Há muito que eu queria experimentar uma receita de bolo de chocolate sem nenhum tipo de farinha (nem sequer farinha de côco ou de amêndoa), sem açúcar convencional e que usasse óleo de côco como gordura. Encontrei esta receita aqui e fiz algumas modificações que funcionaram muito bem.
O bolo é deliciosamente épico! Denso e cremoso ao mesmo tempo. É intenso sem ser enjoativo. Não nos deixa enfartados, mas um quadrado é suficiente para nos satisfazer.
Fica escandalosamente caro. O óleo de côco e o açúcar de côco são ingredientes bastante dipendiosos que, normalmente, uso com muita parcimónia quando cozinho. Desta vez, abri uma exceção e tenho aqui receita para repetir em datas festivas (umas três ou quatro vezes por ano).
A receita tem alguns passos aos quais é preciso dar atenção redobrada. Por exemplo, quando se unta a forma com óleo de côco, deve-se usar uma quantidade estritamente necessária, pois se se usar em demasia, quando o bolo vai ao frigorífico, cria uma película esbranquiçada que não é muito agradável de se ver. O processo de retirar o bolo da forma também não é muito pacífico. O ideal é mesmo usar uma forma desmontável (ver mais abaixo). Eu não tenho e usei uma forma rectangular com revestimento de cerâmica o que dificultou um pouco a tarefa.
Não creio, ao contrário do que vi na receita original e noutros blogues que a reproduzem, que seja possível comer uma fationa de bolo. Um quadrado acompanhado de frutas silvestres (usei framboesas) é suficiente para fechar uma refeição especial. Bom, confesso que não comi apenas um quadrado...era demasiado épico para resistir :)
Ingredientes
500 grs de chocolate preto (pelo menos 70% de cacau)
1 chávena de óleo de côco
3/4 chávena de açúcar de côco
6 ovos
2 colheres de sopa de sumo de laranja
raspa de uma laranja (orgânica)
uma pitada de flor de sal
cacau em pó e óleo de côco qb
Preparação
Untar uma forma com óleo de côco e polvilhar com cacau em pó. Reservar.
Bater os ovos, um a um com o açúcar de côco. O açúcar de côco é mais difícil de incorporar do que o açúcar normal de mesa (branco ou amarelo) de modo que esta operação é também um pouco mais demorada. Reservar.
Partir o chocolate em pedaços de tamanho aproximado (esta operação permite derreter o chocolate de modo mais uniforme). Em banho maria derreter o chocolate e o óleo de côco. Retirar do lume e juntar o sal, o sumo e a raspa da laranja. Envolver bem.
Juntar a mistura de chocolate e óleo de côco ao preparado dos ovos e do açúcar de côco envolvendo bem e rapidamente. Quando se envolvem os dois preparados, a temperatura do óleo de côco desce rapidamente o que confere à mistura uma textura elástica. Deve, por isso, deitar-se rapidamente na forma antes que a mistura se torne demasiado densa e difícil de manusear.
Levar ao forno em banho maria durante cerca de uma hora a 150º.
Se usar uma forma desmontável, deve cobrir-se o exterior desta com papel de alumínio para impedir que a água entre em contacto com o preparado.
Depois de arrefecer, guardar o bolo (ainda na forma) no frigorífico de um dia para o outro para que a massa estabilize e endureça.
Para desenformar, mergulhar a forma num recipiente com água a ferver durante breves momentos para facilitar a tarefa.
Sugestão de empratamento
Servir cortado em quadrados acompanhado de frutas silvestres ou gomos de citrinos.
Deve ficar maravilhoso! Ainda não encontrei à venda o óleo de coco, tenho que ir pesquisar!
ResponderEliminarOlá :)
EliminarO óleo de coco encontra-se normalmente em lojas como o Celeiro, Brio, Espiral e até no Continente (pelo menos o de Coimbra, tinha). Atenção às diferenças consideráveis de preços nas lojas. Dois exemplos. No Celeiro, o da marca Vitaquell (430ml) custa 12,70 euros e na Espiral o da marca Emile Noel (340ml) custa 14,30 euros. O mesmo com o açúcar de coco (e da mesma marca - Ishwari). No Celeiro, 7,65 euros e na Espiral 5,38. É preciso andar de olhos muito abertos :)
Cozinhar sem Lactose: pode comprar online http://www.dolphinfitness.co.uk/en/biona-organic-coconut-virgin-oil-raw-200g/26575/?ladid=uk
ResponderEliminarEu também nunca provei, mas esse bolo está com um aspecto magnífico! Não sou grande fã de qualquer chocolate ou qualquer doce com chocolate, gosto apenas de chocolate dos bons (leia-se mais caro, não suporto chocolates muito açucarados - geralmente os mais baratos ou de marcas famosas, do tipo que queimam à garganta), e mais para o escuro.
Quem sabe. Vou anotar a receita para caso encontre o tempo! Beijinhos!
PS. Obrigada pela longa resposta no post abaixo! Eu preciso consumir mais verduras e legumes, mas acho difícil com a chegada do frio… Eu não gosto muito dos tubérculos daqui, por exemplo, portanto fico sempre nos brócolos, ervilhas, espinafres e milho. Evito as saladas no frio porque não acrescentam muito à nutrição nesta época. Mas porque estou com problemas de tiróide, a naturopata me proibiu de comer couves e repolhos (e gosto de couve com limão, por exemplo), nabo, mandioca e alimentos que incluam amendoins. Recomendou-me muitos brócolos e couve-flor cozidos. Ainda estou à procura de um equilíbrio.
Dani, vou pesquisar e prometo voltar aqui para deixar algumas sugestões! Acelgas, alho francês e ervilhas de quebrar estão permitidos? Uma solução que funciona sempre bem é cozer arroz em bastante água, escorrer e reservar. Cortar as verduras (cruas) muito finas e passar em óleo de coco ou azeite mas sem deixar que percam a textura. Reservar. Na mesma frigideira, na gordura escolhida, deitar sementes de sésamo e/ou outras sementes, sultanas, tâmaras, vários tipos de nuts, enfim, o que se quiser. Depois juntar o arroz e as verduras (e eventualmente ovo batido e previamente cozinhado na frigideira e cortado em tiras finas) e envolver bem, deixando o arroz até ganhar cor. Temperar com bastante sumo de limão ou lima (e raspa, se se gostar da acidez) e, no fim, juntar ervas frescas como coentros ou cebolinho picado. Fica bastante bom e é uma forma menos monótona de comer verduras. Não sei se ajudei!
EliminarObrigada, Ni! Adoro um arroz salteado assim, é uma excelente dica. Sim, esses sim, o que não pode mesmo são nabos, couves e repolhos, amendoins e mandioca. Eu gosto muito de cuscuz marroquino também, que dá para preparar do modo que sugeriste. A naturopata disse que o cuscuz é ótimo como hidrato de carbono pois não tem o efeito da letargia após a liberação de energia. Obrigadíssima! Um beijo
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