segunda-feira, 12 de novembro de 2012

SALADA VERDE DE FEIJÃO BRANCO



Há uns meses semeei no canto das aromáticas oito variedades de plantas. Umas cresceram vigorosamente, como os coentros e a salsa, e outras nunca chegaram a germinar. A minha impaciência levou-me a plantar outras variedades nos quadrados onde não tinha havido germinação. Onde agora há coentros - uma segunda leva - antes foram deitadas ao solo sementes de aipo.  



Ontem à tarde reparei que no meio dos coentros havia alguns pés de aipo. Afinal, vingaram! E apesar de ainda ter muito pouca quantidade disponível, já foi suficiente para perfumar a salada de feijão branco. A rúcula do quintal também foi usada e, depois, foi só juntar agriões, espargos verdes, cebola roxa, azeite, sumo de limão e sal. E feijão branco, claro!


sábado, 10 de novembro de 2012

BOLO DE FEIJÃO E CÔCO


As combinações improváveis, por vezes, funcionam muito bem. Juntar feijão e côco para confecionar um caril de vegetais e leguminosas é coisa mais ou menos frequente na minha cozinha. O feijão dá mais substância ao prato e o leite côco fornece o aveludado ao caril. É impossível usar apenas côco ralado para fazer um caril digno desse nome!
Nunca tinha utilizado, porém, esta combinação de feijão e côco no domínio dos doces. Quando procurava uma receita de bolo sem grãos, sem glúten, sem latícinios e sem açúcar, encontrei esta que me pareceu interessante de experimentar.
Tive de fazer algumas alterações. Não tinha stevia, nem óleo de côco. Mantive a mesma quantidade de mel mas substitui o óleo de côco por creme de côco. E adicionei raspa de laranja. O bolo fica pouco doce (falta a stevia!) mas a consistência é boa, apesar da utilização do creme de côco tornar a preparação mais líquida.
Deve-se deixar arrefecer numa grelha para que a humidade não se acumule na base. E deve-se acompanhar com uma chávena de infusão de erva príncipe. Sobretudo se estiver a chover.


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

BATATA DOCE ASSADA


A batata doce, diz Mendes Ferrão n'A Aventura das Plantas e os Descobrimentos Portugueses, fez parte do pacote de ofertas que Colombo trouxe para Isabel Católica, como prova do achamento da América. 
Desconheço se seriam destas, que usei hoje, com a polpa mais esbranquiçada, ou se daquelas que possuem o interior da cor das laranjas e que são muito mais saborosas, mas igualmente mais difíceis de encontrar à venda.
Cortam-se ao meio e, de seguida, fazem-se cortes transversais a todo o comprimento. Unta-se com um pouco de azeite e polvilha-se com flor de sal e vão ao forno a assar.
Prontas, polvilham-se com pistáchios cortados, raspa de laranja e barram-se com generosas nozes de manteiga. Têm de ser servidas acabadas de sair do forno. Para acompanhar, uma salada de verdes. Crus, de preferência.



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

PUDIM DE CHIA


Eu já fui uma pessoa gulosa. Daquelas que fazia bolos todas as semanas, devorava chocolates, perdia o tino com os gelados da Emanha e esperava que todos os natais houvesse na mesa o doce real da avó Jesuína para ter o seu momento épico de gula. Embora continue a gostar muuuuito de chocolates, a minha apetência pelos doces diminuiu drasticamente ao longo dos  últimos anos. Tanto que, quando a família me pede para eu fazer uma sobremesa, raramente a como. O gozo está mesmo em fazê-la.
Depois de na semana passada ter feito um clássico leite creme, com toneladas de açúcar e gemas, e que apenas provei, hoje optei por uma receita mais saudável, mais leve e que não me deixa indisposta como todas as sobremesas convencionais.
Para fazer este pudim de chia, baseei-me nesta receita da Amy, mas tive de fazer algumas adaptações. Os cajus foram substituídos por amêndoas e à falta de tâmaras (aqui é impossível arranjar tâmaras que não estejam cobertas de xarope) usei um pouco de mel. Muito pouco.
Para mim, ficou perfeito, mas para os gulosos da família tive mesmo de colocar um topping de compota de castanha que fiz há dois dias.


sábado, 3 de novembro de 2012

SOPA DE ABÓBORA DA BUNHOSA


Tinha casca dura e atirei-a ao chão porque nem com o facão a conseguia abrir. Por dentro, uma polpa carnuda e suave com fios que se enrodilhavam nos meus dedos, como se fossem outros dedos enrodilhando-se nos meus. Às 800 gramas de polpa triturada a cru, juntei 4 cebolas, água suficiente para cobrir e dois pedaços generosos de gengibre. Bimbei-a durante 30 minutos a 100º e velocidade 1. Para terminar, e depois de retirar o gengibre, triturei-a 1 minuto a velocidade 7 com meia chávena de azeite e sal qb.  A textura aveludada veio comprovar que as melhores abóboras vêm da Bunhosa.


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Sou uma antropóloga que só pensa em comida...
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