sábado, 13 de junho de 2015

BOPÃO DELÍCIA

Eu ia escrever sobre bolinhas de quinoa e polvilho (ou sobre o facto de ser muito mais porreiro usar cosméticos que não foram testados em animais), mas depois deu-me para experimentar o psyllium husk powder que comprei no feriado e saiu-me esta delícia. A sério, isto, que é um híbrido entre pão e bolo (bopão?), é capaz de ter sido a melhor coisa que fiz nos últimos meses (ia escrever anos, mas seria um exagero).
O mote foi dar destino a uma série de pacotes já abertos que estavam a ocupar o armário da cozinha e o frigorífico. E fazer a primeira experiência com o psyllium husk powder (basicamente uma fibra que funciona como cola em preparações sem farinha de trigo). O bopão foi aprovadíssimo aqui em casa e amanhã segue para outras bocas para novos veredictos.


Não é excessivamente doce - tem quantidades modestas de tâmaras e de açúcar de coco - e a textura ficou no ponto: frutos secos e flocos de aveia são sempre uma boa combinação. Se me desse para produzir alguma coisa era nisto que apostava. Não necessariamente neste formato (acho que em quadradinhos seria o ideal). Não parti de nenhuma receita já existente. Mas tive o cuidado de anotar as quantidades de todos os ingredientes que usei. Coisa rara.


Serviu, também, para experimentar o primeiro leite de arroz que fiz ontem. Tinha estado a pesquisar sobre receitas caseiras de leite de arroz e acabei por improvisar um pouco. Usei arroz biológico virgem da Herdade do Carvalhoso numa proporção de uma chávena para quatro de água. Cozi em lume baixo com uma pitada de sal. Depois da água ser toda absorvida triturei com água mineral na Bimby (um copo misturador serve perfeitamente). Coei e guardei em garrafas no frigorífico. Aproveitei e fiz também um batido de morango e banana com chia e pólen. Porque aqui em casa ninguém come sardinhas :)

terça-feira, 9 de junho de 2015

BROWNIES DE BATATA DOCE

Entre as muitas experiências de wraps sem glúten que tenho andado a fazer com polvilhos e  leites vegetais, vai sobrando tempo para outras aventuras culinárias. Hoje foi dia de testar uma receita de brownies adaptada deste livro. Mudei alguns ingredientes, acrescentei outros e o resultado é fantástico. Já tinha experimentado outras receitas da Ella e ainda não houve nenhuma que tivesse corrido mal (ao contrário do que me tem acontecido com outros livros mais famosos....).
São brownies confecionados sem açúcar e sem farinha de trigo e que usam farinha de arroz, mel ou xarope de acér e tâmaras para adoçar e frutos secos para dar alguma textura à massa. Ao contrário da receita original, preferi usar nozes porque gosto mais do sabor que conferem ao produto final.
 


Actualmente é raro comer sobremesas feitas com farinha de trigo, açúcar e manteiga. São ingredientes que deixei de comprar, mas que acabo por consumir em alguma ocasião especial, fora de casa, como festas de aniversário, embora em pequenas quantidades. Os efeitos "nefastos" são imediatos: muita sede, inchaço e enjoo. Sintomas que não surgem quando como bolos ou sobremesas sem esses ingredientes.
Acredito que a adaptação do gosto a sobremesas "alternativas" não seja fácil para algumas pessoas habituadas à textura que o glúten confere aos bolos, ao sabor do açúcar convencional e à cremosidade dada pela manteiga. Mas mesmo estes bolos e sobremesas "alternativos" não devem ser consumidos como se não houvesse amanhã. Por vezes fico com a impressão que as pessoas enfardam estas iguarias como se estivessem a comer mirtilos ou água com limão. Ou, olhando para os instagrams, parece que só comem isso durante todo o dia. Isso e batidos.
Ora eu cá acho que não há nada melhor que um prato cheio de couves temperado com azeitinho, sumo de limão e flor de sal. Dêem-me uma refeição à base de couves (e cenouras, vá) e eu fico feliz. Al dente, obviamente. E quinoa com coentros frescos. E alho francês, pronto. E agora vou ali fazer uns hamburgers de batata doce e bok choy.
 
 

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Sou uma antropóloga que só pensa em comida...
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