Quase um mês depois do último post, já posso, finalmente, falar do projeto no qual vou estar envolvida nos dois próximos meses: uma exposição temporária no Museu de Arte Popular em torno dos trajes do Barroso a inaugurar no início do segundo trimestre do ano.
A partir dos começos de 1980, duas mulheres da Venda Nova, concelho de Montalegre, começaram a construir uma coleção de peças que viria a integrar o acervo do Grupo Folclórico da Venda Nova. Agostinha e Conceição percorreram o Barroso e na bagagem levavam apenas a vontade de aprender. De volta, traziam preciosidades que lhes davam ou emprestavam. Como o vestido de noiva recolhido em Fiães do Rio, uma raridade, porque o vestido que vestia a noiva era também o da mortalha.
Parte das peças desta exposição integra o acervo do Grupo Folclórico da Venda Nova. Haverá também peças da Casa do Capitão, pólo do Ecomuseu de Barroso da freguesia de Salto, e do MAP.
Definidos os núcleos expositivos e finalizada uma primeira etapa de pesquisa bibliográfica e documental em Lisboa, parto em breve para o Barroso para fazer o terreno. E, finalmente, para poder acompanhar o processo de confeção de uma capa de burel junto de um dos últimos alfaiates da região.
Sobre o call for workshops associados a esta exposição, darei conta em breve :)
Costumes femininos do Barroso - Fotografia do livro A arte e a natureza em Portugal, Emílio Biel & Cª Editores.
Grande notícia, Daniela! Fico ansiosa por ver o resultado :)
ResponderEliminarObrigada Rosa :)
ResponderEliminarO meu pai tem guardada duas capas de burel muito antigas, diz que vai ser a nossa herança, minha e da minha irmã!
ResponderEliminarMuito bom Ni, excelente notícia.
ResponderEliminarDesejo de mais um excelente trabalho etnográfico sobre esta belíssima região.
Parabéns.
Nuno Poças
Obrigada Nuno :)
ResponderEliminarInês, eu ando a namorar uma das capas de burel que a D. Benta tem para vender e suspeito que da próxima vez que for ao Barroso venho de lá com uma!