Lá estavam, junto ao armazém de sal do Sr. António, as sardinhas com azeite e vinagre e as batatas assadas na grelha a lembrar o que se comia em dia de safra. E as cestas com as rodilhas (também chamadas de sogras) prontas para serem usadas pelos participantes desta safra à antiga organizada pelo Núcleo Museológico do Sal.
A merenda da manhã teve petiscos variados trazidos pelos participantes. Depois de algumas hesitações (andei a oscilar entre os brigadeiros com flor de sal e os muffins com alecrim, azeitonas e queijo), acabei por optar por uma via mais tradicional e fiz as broas de batata cuja receita me tinha sido passada na véspera pela D. Aida. Na noite de sexta-feira, tripliquei a receita base e acabei a amassar, à mão, mais de oito quilos de massa. E a falta que me fez um forno a lenha para cozer tudo de uma vez! Mas valeu a pena que ficaram bem gostosas. E aprovadas pela D. Aida.
Terminada a safra, e enquanto o Rancho Etnográfico de Lavos atuava, andaram as mulheres, como antigamente, a distribuir as freiras. As freiras são as pipocas que os marnotos davam no final da faina. Como não havia dinheiro para o azeite e o óleo não se usava, colocava-se no fundo do tacho um pouco de areia para os grão de milho não queimarem. Depois, tinha de se passar as freiras pelo crivo para as separar da areia. Eram servidas com talhadas de melão para refrescar as bocas.
As broas estavam deliciosas!! Podes amassar mais uns quantos quilos...
ResponderEliminarTenho de comprar aquela masseira que vimos hoje na feira :)
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