Voltámos hoje de manhã ao Penedo. Na companhia da Guida e da D. Eduarda, mulher do Sr. Manuel Paurrinhas, fomos ver as rochas e carreiros cujos nomes ainda faltava assinalar. Pescoço do Cavalo, Leivada, Beira dos Ouriços, Costado, Carreiro Rico, Penedo Pequeno, Caixão e Pedra da Nau.
Lá em baixo andavam os homens a apanhar robalo e percebes e, mais adiante, os surfistas que, momentos antes, tinham passado por nós. Entre os nomes das pedras houve tempo para falar da relação complexa que se foi construindo com o mar nesta zona de contacto que abarca as areias, as rochas, a água, a fauna marinha e os homens.
Quem no penedo zaragateia nunca se deita sem ceia revela a importância das rochas na economia local e o papel fundamental que o Penedo desempenhou em momentos de grande carência, nomeadamente durante a II Grande Guerra.
Era também ao Penedo que voltavam todos os anos, por alturas da Quaresma, as gentes das localidades de Brenha, Allhadas e Tavarede, entre outras, para apanhar ouriços, percebes e mexilhão e garantir a proteína animal quando o interdito religioso afastava a carne da mesa.
Manuel Paurrinhas a ensinar-me o mar
Pedra da Nau
Uma recolha magnífica.
ResponderEliminarCordial abraço,
mário
Obrigada, Mário.
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