São recorrentes, na coleção de fotografias do MAP, imagens de pares femininos. Jovens mulheres pousando com os trajes locais e participando em performances para o júri do Concurso da aldeia mais portuguesa de Portugal. A primeira imagem pertence a Carrazedo de Bucos, aldeia de Cabeceiras de Basto, e mostra duas raparigas vestindo a capucha.
A segunda fotografia foi captada em Cambra, pertencente ao concelho de Vouzela. Ao contrário da primeira imagem, facilmente identificada no filme O Concurso da Aldeia mais portuguesa de Portugal, só consegui identificar a fotografia seguinte depois de várias visualizações do referido filme. Estas duas raparigas (irmãs?, gémeas?) aparecem, pela primeira vez no filme, diluídas num cortejo de moças. Depois, são novamente filmadas no alpendre de uma casa. Não sei se esta imagem pertence a uma das partes do filme que não foi aproveitada na montagem final ou se a pose foi para uma câmara fotográfica.
A última imagem pertence a Vila Chã. As raparigas, fiando, faziam parte de uma performance em torno do ciclo do linho para os membros do júri nacional.
Boa tarde.
ResponderEliminarO meu nome é Helder Martins, sou natural de Carrazedo de Bucos, como deve perceber fiquei bastante interessado pela primeira fotografia deste artigo. Gostaria de saber se há alguma forma de ter acesso a mais alguma foto, ou até mesmo ao documentário original.
obrigado pela atenção :-)
Olá Hélder
ResponderEliminarEsta foto que publiquei foi a única que consegui identificar no conjunto das fotografias do MAP pertencente à aldeia de Carrazedo de Bucos.
Em relação ao filme do Concurso da Aldeia Mais Portuguesa de Portugal, penso que é a Cinemateca Portuguesa (http://www.cinemateca.pt/entrada.asp) que detém os direitos sobre o filme. Talvez seja conveniente contactar a instituição no sentido de obter uma cópia do referido filme.
Acho que vale a pena tentar já que as imagens de Carrazedo de Bucos que são mostradas no filme são belíssimas.
Espero ter ajudado
Daniela
Muito obrigado pela informação Daniela!
ResponderEliminarVou então tentar contactar a cinemateca para ver o que eles me dizem.
Agradeço novamente, continuação de um bom trabalho.
Obrigada por este post. Tenho percorrido aquela série de fotografias do MAP, mas não tinha qualquer informação sobre a sua origem.
ResponderEliminarRosa
ResponderEliminarA descoberta foi absolutamente casual. No início da minha colaboração com o MAP, foi-me mostrada a coleção de fotografias do Museu. Lembrava-me de algumas das imagens pois, em 1995,já tinha estagiado no MAP. Na altura, também não me tinha sido adiantada qualquer informação sobre a origem das mesmas. Como fiquei com um ficheiro com cópias das fotografias (na sua quase totalidade digitalizadas pela DDF), visualizava com frequência as mesmas, até porque na altura, sugeri à direção a possibilidade de se fazer uma exposição com a coleção e alguns dos objetos do acervo do MAP que se relacionavam com as fotografias. Tal projeto acabou por nunca se concretizar.
Um dia, ao passar diante do módulo onde se projeta o filme do Concurso da aldeia mais portuguesa de Portugal, reparei que já tinha visto algumas daquelas imagens ou, pelo menos, imagens muito semelhantes: precisamente na coleção de fotografias do Museu.
Confirmei a hipótese quando visualizei todo o filme. Não sei, como já referi num outro post, se as fotografias são fotogramas de passagens do filme que acabaram por não ser aproveitadas na montagem final. Uma outra hipótese é que parte delas tenham sido produzidas nas incursões aos mercados e feiras para aquisição do objetos para o Museu, antes da sua abertura.
Só uma pesquisa, que me preparava para iniciar, antes de vir para Montalegre, permitiria esclarecer estas dúvidas.
Espero ter ajudado.
Ni, essa exposição merecia e devia ser feita, esta colecção de imagens merece melhor tratamento que o que lhe dá actualmente a matrizPix (com o grande mérito, apesar de tudo, de as divulgar), onde não aparecem sequer nas pesquisas temáticas. Tenho estado a ler o seu blog, que não conhecia, com imenso interesse, obrigada pela partilha de experiências e de conhecimento!
ResponderEliminarRosa
ResponderEliminarAntes da equipa do MAP se desmembrar (no final de abril, por falta de pagamento de salários, optámos por partir para outros projetos), e antes de vir para Montalegre, tinha, de facto, o propósito de direcionar o pós-doc para esta coleção de fotografias. As cerca de 140 imagens são belíssimas. Penso, mas como já lhe referi, não aprofundei a pesquisa, que não existem, ainda, estudos sobre a mesma.
Lamento que não se tenha feito uma exposição sobre esta coleção de imagens e que não haja planos para o fazer. Apesar das limitações orçamentais do IMC, mecenato para a impressão das fotos estava praticamente garantido. Por outro lado, defendo que manter este património longe dos olhares do público é quase criminoso. Património, só faz sentido quando é mostrado, partilhado, discutido, questionado. Quanto mais partilhado, mais esclarecedor se torna.
Eu é que agradeço a sua visita ao blogue :)
Desculpe Ni. Numa pesquisa vi este blog e fiquei tb impressionado com as fotos. Ainda existe a isntituição detentora? Foram doadas a alagusm arquivo? Obrigado.
EliminarOlá anónimo
ResponderEliminarToda a coleção de fotografias do MAP (originais) está guardada na Divisão de Documentação Fotográfica do antigo Instituto dos Museus e da Conservação. Pode consultar este link para mais informações - http://www.ipmuseus.pt/pt-PT/recursos/fotografia/ContentDetail.aspx.
O MAP está aberto ao público. Infelizmente, apenas uma sala onde os visitantes podem visualizar um filme que conta a história do museu. A exposição de reabertura foi desmantelada e não houve verbas para manter a equipa no museu, para fazer nova exposição, para trazer as peças que estão guardadas nas reservas do MNE e para construir reservas dignas desse nome no MAP. Entretanto, o MAP foi integrado no MNE. Não sei exatamente que planos existem na atual Direção Geral do Património Cultural para este espaço...