segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

DA CERA

Abriu-me a porta e eu disse-lhe que me cheirava a calda de açúcar. Faltava o registo deste processo: o da cozedura da cera retirada aquando da extração do mel na Casa do Mel em Boticas, em agosto do ano passado.


Dos quadros com ceras a precisarem de substituição retiram-se os restos que podem ser fundidos e reaproveitados. Depois, toda a cera que foi centrifugada na Casa do Mel também é sujeita ao mesmo processo numa caldeira fumegante.


Ao fim de algum tempo dentro da caldeira, a cera centrifugada fica parecida com um pudim molotof, ou melhor, com um gigantesco marshmallow.


A cera fundida irá novamente, daqui a algum tempo, à Casa do Mel para ser moldada em novas placas que voltarão a rechear os quadros das colmeias. 


Neste processo, de limpeza dos quadros, o própolis das colmeias também é aproveitado. O mesmo própolis que desde hoje à tarde me tem ajudado a recuperar da amigdalite que me deixou de cama nos últimos dias. Pode não cheirar a torrão, a calda de açúcar, a bolo de mel ou a caramelo, mas tem-se mostrado eficiente qb.

2 comentários:

  1. Própolis é um dos mais potentes antibióticos naturais.
    É uma das maneiras de tirar a cera.
    Em Felgueiras-Moncorvo existe um lagar da cera,é o único que conheço,e o processo é bem diferente,parece um lagar de varas.
    A reportagem é excelente.

    Cordial abraço,
    mário

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  2. Obrigada, Mário.
    Nunca tinha ouvido falar em lagar de cera. Fiquei curiosa!

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Sou uma antropóloga que só pensa em comida...
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