No livro A Viagem dos Sabores, Rui Rocha resgata algumas receitas do património familiar da diáspora portuguesa. Uma das receitas é esta bebinca de leite de Macau, muito distante da versão goesa, feita de camadas. É mais rápida de se fazer, mas igualmente saborosa. Antes de me aventurar na bebinca de Goa é bem provável que experimente primeiro a Bibingka de Nyami Bengaler, de Malaca.
A receita que apresento de seguida é a cópia integral daquela que aparece no livro de Rui Rocha. A azul, entre parêntesis, seguem algumas indicações relativas a alterações ou adaptações que fiz, assim como algumas notas.
Ingredientes
8 gemas
100 gramas de fécula de milho (vulgo, maizena)
125 gramas de açúcar
1 côco
1 lata de leite condensado
125 gramas de manteiga
Preparação
Rale o côco e escalde com 5 chávenas de água para extrair o leite (Não é fácil arranjar côcos em Portugal, ter habilidade para os partir sem escavacar o chão da cozinha e conseguir extrair a polpa de forma eficiente. Optei por fazer a receita caseira de leite de côco que sempre faço garantindo que no final tinha, de facto, a 5 chávenas de leite de côco).
Dilua a fécula no leite, junte o leite condensado, o açúcar e as gemas desfeitas. Misture bem, passe por uma peneira e leve ao lume brando, mexendo sempre.
Quando estiver quase a ferver, acrescente a manteiga em bocadinhos.
Deite numa forma humedecida e deixe esfriar antes de meter no frigorífico (Não solidificou. Também não sei se era suposto. O melhor mesmo é colocar logo em tacinhas individuais ou numa taça grande)
Considerações sobre o sabor. É muito bom, suave e com uma textura sedosa. Optei por servir com mirtilos porque gosto do contraste da acidez do fruto com a doçura da bebinca. Para puristas, o melhor é servir simples.
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