quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O ALFAITE ALBINO DA BORRALHA

Já tinha encontrado a viúva de um em Gralhas. Pergunto, por onde vou passando, se ainda há  alfaiates no ativo e as respostas não têm sido positivas. Na Reboreda, terra de alfaites, o último morreu há mais de dois anos.
Por isso, quando me falaram no Sr. Albino criei uma enorme expetativa. E, hoje à tarde, correu ainda melhor do que eu esperava. O Sr. Albino continua a fazer  capas de burel. E, nos anos em que trabalhou na Borralha, fazia os fatos em cotim para os operários, assim como a roupa do limpo, isto é, a roupa para usar fora do local de trabalho.
Esteve a mostrar-nos as amostras das fazendas para a roupa do limpo, os ferros e a máquina de costura que herdou do pai e que ainda usa para confecionar as capas de burel.
Aprendeu a arte com o pai, também alfaiate, e nos sete anos que passou em duas alfaitarias do Porto, dos 13 aos 20 anos.
Já acordámos que me fará uma capa. Agora só preciso de arranjar burel verdadeiro!

2 comentários:

  1. Para arranjar burel de qualidade lá terá de ir ao pisoeiro.
    Ainda há?

    Cordial abraço,
    mário

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  2. Pisoeiro, há. O pisão é que deixou de funcionar desde que roubaram a caldeira de cobre...
    Mesmo que não se arranje burel verdadeiro, havemos de conseguir acompanhar todo o processo de confeção de uma capa :)

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