quinta-feira, 28 de julho de 2011

FILHÓS DE MILHO MIÚDO

(Sarapatel para untar a sertã com azeite para fazer as filhós)

Passei todo o dia  na freguesia de Salto. Comecei com o tema as filhoses em casa da D. Irene, passei pelo acampamento hippie ao entardecer e terminei com um chá no restaurante da Maria, Borda D'Água, já noite bem avançada.

Este milho vem de um familiar de Agra. Foi uma tradição do avô do meu sogro que ficava com aquelas amizades, porque o avô era de Agra e nós mandamos-lhes broa centeia que se benze no São Sebastião e eles mandam-nos um quarto de milho-miúdo. E dá muito bom paladar. Nós não pomos só o milho-miúdo, pomos farinha milha, farinha branca de neve e farinha de milho miúdo e tem que se moer como o centeio. Depois bota-se conforme a quantidade que se quiser fazer. Antigamente  fazia-se na sertã ao lume. Depois fazia-se um sarapatel. É uma toalhinha velha, ata-se este fiozinho e vira-se assim e passa-se num tachinho com azeite porque o óleo é muito falso, ou então banha de porco. Este sarapatel guarda-se de ano para ano (D. Irene, aldeia de Paredes, Salto).

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