terça-feira, 12 de julho de 2011

TOURÉM II - DOS PANOS

Na casa dela existe o único tear da aldeia que ainda é usado. Ainda anteontem tinha urdido a teia e, brevemente, vai voltar a pôr o tear a uso. Até porque tem gente nova na família que quer aprender. E estão quase a chegar do estrangeiro.


(Uma das casas da aldeia de Tourém)

Entrar na casa dela, para além da experiência mágica da horta e da surpresa de ter um museu lá dentro, é descobrir um mundo de coisas antigas que ainda são usadas numa base regular. Como se o tempo tivesse andado na direção certa.


(Linho já fiado em exposição no pátio interior)

Nesta casa, as coisas são guardadas não para serem esquecidas, mas para serem desfrutadas diariamente, seja através das memórias que despertam, como a máquina de encher chouriças, seja através do uso que lhes é dado. Como o tear.


(Teia pronta a ir para o tear)

Nas arcas e nos armários da casa da D. Maria guardam-se muitos panos que vão sendo transformados em colchas, em tapetes e passadeiras, em toalhas de mesa e mesmo em sacos para as filhas usarem. Um mundo onde irei voltar mais vezes.


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