Uma tarde passada em casa da D. Benta a ver fiar, a tirar dúvidas e dúvidas sobre as fases da lã, a partilhar um lanche feito com pão centeio que lhe levei da vila e mais queijo e marmelada que ela tinha. E uma caneca de leite com café bem quente que os dias têm estado frios aqui por cima.
Na primeira imagem, uma panada de lã presa com a correija à roca e as mãos sabedoras a fiar. No tempo quente não se fia porque as mãos transpiram e a humidade dificulta o fiar. Terei de aguardar pelos serões prometidos para o inverno para poder apreciar a técnica com mais detalhe.
Depois, foi-me mostrar as terras em redor da casa. Campos semeados de beterraba branca para deitar aos porcos, batatas e milho. Ao longe, a corte dos animais onde se guardam os coelhos, as galinhas e as ovelhas.
As ovelhas estavam lá ao longe a pastar. Benta foi buscá-las. Disse para eu esperar perto da corte que elas foram vacinadas há pouco tempo e andam desconfiadas com estranhos. Coloquei-me no extremo oposto ao da entrada das ovelhas no pátio em frente às cortes.
A que vinha à frente (é a terceira a contar da esquerda da imagem de cima) parou quando me viu. E pararam todas atrás dela. Encetei logo o habitual palavreado com mamíferos de quatro patas (independentemente da espécie): pequenino(a), minha(meu) linda(o), bichinha(o), anda cá. Nada.
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