quarta-feira, 29 de junho de 2011

DAS CAPAS E DAS AGULHAS EM GRALHAS.

Na primeira vez que estive em Solveira, o sr. Jaime mostrou-me este jugo. Comprei-o a um homem. Mas não me adiantou mais informação sobre a proveniência do mesmo. Este sábado, em Gralhas, quando buscava, na companhia do sr. João Fino, o último artesão da aldeia a fazer agulhas em urze, encontrei o autor do jugo.


(O jugo de Manuel Chaves feito em 1960)

Pegou num pauzinho para mostrar como ficarão as agulhas e disse que trouxesse as máquinas para filmar e fotografar. Que fazia as agulhas e, se quiséssemos, ainda fazia espadelas e outras coisas. Na casa do sr. Manuel Chaves há muitas peças de madeira para vender. Quem vem de fora desconhece que pode adquirir estas peças. Valia a pena apostar em estratégias de divulgação que beneficiassem estes artesãos e que permitissem aos visitantes deste território aceder diretamente a quem ainda trabalha nestas artes.




Em casa do sr. Domingos Fino vi mais uma capa de burel e um avental de lã. A capa era usada tanto por homens como por mulheres. A capucha era o nome que davam a uma capa mais curta. E "crucho" é o nome que dão à parte que assenta sobre a cabeça.


(Sr. Domingos Fino mostrando uma outra forma de usar a capa)

A diferença entre o tecido do avental de lã e da capa, é que o primeiro não é apisoado. É áspero. Será porque aqui as ovelhas só são tosquiadas de ano a ano? :)

(Pormenor do avental de lã)

2 comentários:

  1. Ui, trocamos um email a propósito das agulhas? Que vontade de rumar aí neste instante :)

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