Ontem voltei a casa do sr. Jaime de Solveira. Morreu-lhe a mulher há umas semanas. Estava a construir um semeador de batatas quando chegámos. A esforçar-se, nos seus 83 anos, por se manter ocupado, para não estar sempre a pensar na sua santa. Chorou, desabafou e acalmou-se. E depois foi mostrar um burrinho, ainda sem nome, que recolheu há poucos dias. Estava abandonado junto à estrada e ou foi atropelado ou levou uma tremenda pancada no focinho, pois tem os maxilares desalinhados e aquilo que parecem ser dois grandes calos resultantes de duas fraturas mal consolidadas. É um doce. Com um olhar infinitamente triste.
Hoje, a convite do sr. Jaime, voltámos a Solveira para apanhar fruta. Aproveitei para levar umas cenouras para o bichinho e para a égua Rola.
Havia muitas maçãs para apanhar. Mas eu perdi-me foi com as amoras :) Que boas, acabadas de colher das silvas!
Claro que aproveitei uma pequena parte delas para a minha salada do almoço. Tomate, pepino, endívias e amoras. E um molho, que sempre faço e fica sempre bem, com azeite, sumo de limão, mel de rosmaninho e flor de sal. E à tarde fui entrevistar uma cozinheira de mão cheia :)
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