D. Rosinha do Jorge. Abriu-me a porta de casa a sorrir como se estivesse a receber uma velha amiga. Passámos por uma imensa divisão em pedra onde cheirava a alfazema, atravessámos a cozinha e fomos conversar para um pequeno jardim silencioso. Sob uma imensa figueira carregada de frutos maduros, que teimavam em cair a intervalos certos, D. Rosinha do Jorge explicou-me como é que aprendeu a fazer bicas de manteiga com a mãe.
Mas só as começou a fazer quando se casou. A nata, obtida a partir do leite das vacas que tinham em casa, era deitada na bilha e batida à mão. O tempo que demorava o processo dependia da temperatura. Uma temperatura muito elevada ou muito baixa pode arruinar todo o processo.
Hoje, o processo é feito com natas pasteurizadas porque já não há vacas em casa que possam fornecer o leite. As mulheres hoje também não querem aprender a tirar o leite às vacas.
Ao contrário da mãe que vendia a manteiga, D. Rosinha faz para consumo da casa e para oferecer a familiares, amigos e vizinhos. Por vezes, ainda usa a forma para marcar as bicas que faz. E que boa que é aquela manteiga :)
Que lindas as formas! E que boa deve ser a manteiga :)
ResponderEliminarQuando vieres a Salto, a ver se provas desta manteiga :)
ResponderEliminarjá tenho feito manteiga (e queijo) em casa. mas que diferença faria se tivesse acesso directo à matéria-prima! lindo desenho :)
ResponderEliminarestou agora a descobrir o blog e que bem que sabe passear por aqui.
Sara
ResponderEliminarBem vinda :) Eu tenho esperança de ver "colher" o leite de uma vaca barrosã e acompanhar todo o processo! Vamos ver se acontece :)